A Justiça negou o pedido de liberdade provisória da mãe, de 32 anos, e do padrasto, de 39, da adolescente, de 16, suspeita de ser mãe do recém-nascido abandonado em um terreno baldio na cidade de Angelândia, no Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais.
Segundo o texto, a decisão do Juiz Bruno de Souza Viveiro, da 1ª Vara Criminal do Tribunal do Júri da Comarca de Capelinha, em manter a prisão preventiva do casal foi tomada porque os investigados tentaram fugir e alterar a cena do crime.
Na decisão consta que de acordo com policiais militares, que estiveram na residência dos suspeitos, foi possível concluir que houve uma tentativa de alteração da cena do crime, já que o quarto da adolescente foi limpo, inclusive com a utilização de materiais de limpeza, o que pode configurar em uma tentativa de eliminar provas.
Por decisão do Ministério Público de Minas Gerais, a adolescente, apontada como mãe do recém-nascido, será encaminhada ao sistema socioeducativo e ficará 45 dias internadas a contar de sua alta médica. Ela precisou ser hospitalizada devido a ferimentos causados pelo suposto parto, que teria sido feito de forma precária.
O bebê, que morreu, na última quarta-feira (23), após ficar quatro dias internado no Hospital de Pronto Socorro João XXIII, em Belo Horizonte, será sepultado nesta sexta-feira (25). Ele chegou a ar por cirurgia, no Hospital Municipal de Capelinha, no sábado (19).
Testemunhas
Testemunhas contaram à polícia que havia suspeita de que a adolescente estava grávida, no entanto a família escondia a gravidez e que no dia do abandono, o casal viu o bebe chorando, mas deixaram o local sem prestar socorro.
Contaram também que, na noite de sexta-feira (18), choro de bebê foram ouvidos na vizinhança. Inclusive, no momento em que foi encontrado, o menino chorava muito e já tinha tido parte da orelha e dos pês amputados por cachorros, que foram espantados com a chegada dos vizinhos, que chamaram a polícia.
Prisão
O padrasto e a mãe da adolescente foram presos, no domingo (19), em flagrante. Na segunda-feira (21), a prisão foi convertida em preventiva. Eles estão presos no presidio de Capelinha e estão à disposição da Justiça.
Por Ana Paula Tinoco
